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Desembargadores do TJ de MG são alvos de operação por suspeita de recebimento de propina

(Foto: Foto: Danilo Girundi/TV)
Os desembargadores Geraldo Domingos Coelho e Paulo Cézar Dias do Tribunal de Justiça de Minas Gerais foram alvos na manhã desta terça-feira (18) de operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) que apura o suposto recebimento de propina para influenciar na solução e no andamento de processos judiciais.
Não foram cumpridos mandados de prisão, apenas de busca e apreensão. Os nomes dos alvos foram confirmados ao G1 pela PF.
O G1 tentou contato com os desembargadores, por meio do TJMG, mas até as 09h50 não havia retorno.
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Polícia Federal faz operação para investigar advogados e desembargadores de Minas — Foto: Danilo Girundi/TV Globo
De acordo com a PF, a operação investiga mais sete pessoas que, para conseguir privilégios com a Justiça, ofereciam retribuições financeiras e outras vantagens indevidas aos desembargadores. Além dos desembargadores, entre os alvos, está o advogado Ildeu da Cunha Pereira Sobrinho, que morreu em fevereiro deste ano.
A justiça também autorizou a quebra do sigilo fiscal e bancário de vários investigados.
Ao todo a operação “Cosme”, como foi denominada, cumpre 10 mandados de busca e apreensão – seis em Belo Horizonte, um no município de Ipanema (MG), um em Engenheiro Caldas (MG) e dois no estado de São Paulo.
Segundo a PF, foram apreendidos R$ 50 mil na casa do advogado Luiz Carlos de Miranda Faria, ex-deputado estadual e parte do conselho da Usiminas. Além disso, durante as buscas também foram apreendidas várias provas que, ainda de acordo com a PF, confirma o esquema.
Até 9h50 o G1 ainda tentava contato com o advogado Luiz Carlos de Miranda Faria.
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Fachada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais — Foto: Danilo Girundi/TV Globo
Mensagens indicam participação de desembargadores
A operação desta quarta-feira é um desdobramento da Operação Capitu, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2018 que apurou a doação irregular de dinheiro para políticos e partidos, além de um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
O então vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB), o empresário Joesley Batista, dono da JBS, e mais 15 foram presos na operação.
A propina era paga por um grupo de empresários que se beneficiava de normas editadas pelo Ministério da Agricultura que facilitavam e viabilizavam seus negócios comerciais, dando vantagens frente a outros concorrentes.
Ao analisar o material apreendido, os investigadores identificaram mensagens no telefone celular de um advogado, que indicavam a prática de diversos delitos, sendo alguns com participação de desembargadores do TJMG.
