O presidente da Shein na América Latina, Marcelo Claure, anunciou, nesta terça-feira (19/9), que irá bancar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos consumidores que comprarem exclusivamente até US$ 50 na plataforma, cerca de R$ 243. A decisão vem após a e-commerce chinesa aderir ao Remessa Conforme, programa do governo que isenta de imposto de importação compras até este valor, com uma alíquota de 17% de ICMS.
A empresa não detalhou quanto irá destinar para cobrir os compradores e compras acima deste valor pagam 60% do imposto de importação, além do ICMS. O Remessa Conforme já está em funcionamento no site da Shein e também deve funcionar pelo aplicativo, embora a recomendação é que este seja atualizado para melhor uso da ferramenta.
Os custos logísticos estão sendo analisados para que o valor gasto com o imposto seja compensado. Claure afirmou que ainda não há previsão de quanto tempo a empresa irá assumir o imposto e que a medida está sujeita a quanto será possível economizar em custos. “Vamos tentar manter isso pelo maior tempo possível”, prometeu.
A ideia é que o envio dos produtos leve menos tempo, pois o programa prevê tratamento aduaneiro mais rápido para que as empresas possam aderir. A empresa chinesa já havia anunciado que investirá R$ 750 milhões para começar a fabricar no Brasil, o que pode impactar ainda mais nos valores dos produtos. “O tempo de entrega às vezes demorava muito. Agora a Shein vai ficar ainda mais competitiva”, disse o CEO.
A Shein é a terceira empresa que adere ao programa, unindo-se à AliExpress e Sinerlong. Segundo a Receita Federal, a Shopee e a Amazon pediram para entrar no Remessa Conforme e as solicitações serão analisadas e a adesão será publicada no Diário Oficial da União (DOU).
“A Shein sempre viu o programa Remessa Conforme com bons olhos e seguirá totalmente comprometida com o plano de conformidade e em diálogo constante com o governo para que possa contribuir com o aprimoramento do programa, assim como continuará trabalhando para fortalecer o setor de e-commerce no país”, afirmou a gigante chinesa em nota.