Por 17 votos, a Câmara Municipal de Cuiabá aprovou, na sessão da última quinta-feira (21.03), a criação do Título Honorífico Comenda Firmo Pinto Duarte Filho "Padre Firmo", proposto pelo vereador Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania). O objetivo é prestar homenagem a todos aqueles que se dedicam à vida religiosa na Capital.
“Esta é uma homenagem a um verdadeiro visionário da fé, pois o Padre Firmo não era apenas um líder religioso, mas também um exemplo vivo de compaixão, dedicação e amor ao próximo. Falo isso com propriedade, pois o Padre Firmo esteve presente na minha vida acadêmica, do primeiro até o último dia em que estudei no Colégio São Gonçalo”, comentou o vereador nas redes sociais.
Padre Firmo foi o pioneiro da famosa missa das quartas-feiras no ginásio do Colégio Salesiano São Gonçalo. Dedicado em sua caminhada pela fé, ele quem iniciou o evento “Vinde Vede”, onde acabou por falecer horas depois quando pregava alegre para aquela multidão fervorosa debaixo de 40 graus, no último dia do retiro.
Filho caçula de Maria Dimpina, herdou da mãe o gosto pela literatura e cultura mato-grossense. Natural de Cáceres, enquanto morou em Cuiabá, Padre Firmo passou a infância e a adolescência na região do Campo de Ourique, onde hoje está localizada a Câmara.
Foi ordenado sacerdote em 08 de dezembro de 1955, sendo o último padre ordenado por Dom Aquino Corrêa. Entre os anos de 1974 e 1983, Padre Firmo foi diretor da Comunidade Salesiana em Barra do Garças. Neste período implementou um projeto primado por uma nova dinâmica pedagógica especialmente voltada para as comunidades indígenas missionárias em Sangradouro, Merure e São Marcos.
Com o tempo, assumiu a direção espiritual do movimento católico intitulado “Renovação Carismática Católica”, junto à Arquidiocese de Cuiabá, assim como também dirigiu espiritualmente o movimento de “Cursilhos de Cristandade de Cuiabá” e atuou também como diretor da Missão Salesiana em Mato Grosso.
Ele também foi membro da Academia Mato-grossense de Letras (AML), empossado em 08 de dezembro de 1997 e escreveu o livro “Mulher - a Intercessora”, dentre outros textos inéditos.
