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Comportamento Terça-feira, 30 de Maio de 2023, 15:19 - A | A

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UNIÃO DURADOURA

Casais que unem as finanças são mais felizes, sugere estudo

No experimento de dois anos, os casais que aderiram à conta conjunta criaram um laço de comunidade maior e tiveram menos brigas

Por Redação Galileu
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Uma pesquisa da University Kelley School of Business, nos Estados Unidos, publicada no periódico Journal of Consumer Research, indica que casais que administram suas finanças juntos podem se amar por mais tempo. O estudo também afirma que os casais que tomam essa decisão brigam menos por dinheiro e se sentem melhor sobre como as despesas domésticas são administradas.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram 230 casais que estavam noivos ou recém-casados ​​na época e os acompanharam por dois anos, quando eles começaram suas vidas de casados – vale ressaltar que esse foi o primeiro casamento de todos envolvidos. No momento em que o estudo se iniciou, os casais tinham contas separadas e consentiram em potencialmente mudar seus arranjos financeiros.

Os pares foram separados em três grupos. Um teria que abrir uma conta conjunta, o outro tinha que manter as contas separadas e o terceiro foi autorizado a tomar a decisão por conta própria. A escolha de quais casais participaram de cada grupo foi aleatória.

Os pesquisadores notaram que os casais que tiveram que abrir contas bancárias conjuntas, colocando todo seu dinheiro junto do parceiro, relataram uma melhoria na qualidade do relacionamento.

"Um relacionamento comunal é aquele em que os parceiros respondem às necessidades um do outro porque há uma necessidade. 'Quero ajudá-lo porque você precisa", comenta em comunicado Jenny Olson, autora e professora assistente de marketing da University Kelley School of Business.

A melhoria foi mais alta nos últimos dois anos do que aqueles que mantinham contas separadas. Para os especialistas, isso pode ser um indício de que a fusão da vida financeira promove maior alinhamento e transparência de metas financeiras, bem como um entendimento comum do casamento.

A professora de marketing aponta ainda que os casais que mantiveram as contas juntas tinham uma perspectiva de “nós” durante a tomada de ações da vida financeira. Já os que mantinham contas separadas viam decisões financeiras como mais uma troca.

"Eles estão pagando antecipadamente por favores posteriores, e isso é olho por olho, o que vemos um pouco mais com contas separadas. É 'eu tenho a conta da Netflix e você paga o médico'”, diz Olson. ”Eles não estão trabalhando juntos como aqueles com contas conjuntas – que têm o mesmo dinheiro – e isso é mais comum em relacionamentos comerciais."

Ao todo, vinte por cento dos casais participantes não terminaram o experimento, incluindo uma porcentagem significativa daqueles que se separaram após não fundirem as contas bancárias. Não foram identificadas diferenças de gênero nos resultados.

A idade média dos participantes foi de 28 anos, sendo que três quartos eram brancos e 12% eram negros. Trinta e seis por cento tinham um diploma de bacharel e uma renda familiar média de 50 mil dólares (cerca de 249,9 mil reais) anuais. Os casais se conheciam, em média, há cerca de cinco anos e estavam romanticamente envolvidos há por volta de três. Dez por cento tinham filhos.

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, 22 de Dezembro de 2024