O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou nesta quarta-feira (5/7) do lançamento do Anuário da Cerveja 2022, documento produzido pela pasta com dados sobre o setor cervejeiro. Em breve discurso, Fávaro ressaltou que o crescimento do setor é obra de um conjunto de atores, e frisou que a cerveja, com ou sem álcool, "resgata a alegria do povo brasileiro".
"O mais importante de tudo isso, não é a presença do álcool no DNA, na composição, da cerveja, mas o que ela faz. Ela traz ao brasileiro aquilo que há de mais relevante. Mesmo a cerveja sem álcool. Resgata a alegria do povo brasileiro, que é o que mais está faltando", declarou o ministro.
O documento foi divulgado em evento nesta quarta , realizado pelo Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv). Estavam presentes o presidente do sindicato, Márcio Maciel, parlamentares, produtores e outras autoridades do Ministério da Agricultura. Entre elas, o Secretário Nacional de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, e o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Hugo Caruso.
Fávaro celebrou o crescimento do setor, de 11,6% de novas cervejarias abertas no ano passado, em relação a 2021. "O sucesso no Brasil da agropecuária, o desenvolvimento da agroindústria, não é obra de uma pessoa só. É uma obra de associações, da sociedade civil organizada buscando melhoria e evolução. É obra de um parlamento eficiente, que estão atuando de forma muito forte pela simplificação dos tributos", disse ainda, citando a reforma tributária em discussão no Congresso Nacional.
Setor muito tributado
Maciel por sua vez, também comemorou o crescimento do setor que representa e frisou que o Brasil é o país que mais cobra impostos sobre a cerveja das Américas. Na presença dos parlamentares e integrantes do governo, ele enfatizou que a entidade defende a reforma tributária, desde que haja simplificação de impostos não aumente a carga.
"Defendemos uma reforma que não aumente impostos. Que garanta que a gente vai ter uma forma mais sustentável de pagar impostos no país", disse o presidente do Sindicerv, que representa grandes produtores da bebida. "A reforma é boa para toda a cadeia da cerveja, do agro, das indústrias, mas, principalmente, para o consumidor. A gente quer que o consumidor brasileiro tenha mais razões para brindar com sua renda", acrescentou.
O secretário de Defesa Agropecuária, por sua vez, destacou a importância da fiscalização comandada pelo ministério para os resultados positivos. "Quando a gente fala de defesa agropecuária, pouca gente associa à bebida alcoólica e ao controle da produção. Mas só há duas cadeias tão reguladas dessa forma. Uma delas é a de insumos agropecuários, a outra é a de bebidas", disse Carlos Goulart.
A jornalistas após o evento, ele lembrou de casos de contaminação na produção de bebidas, como o ocorrido com a cervejaria Backer em 2020, que resultou na morte de consumidores por intoxicação. O secretário frisou que a pasta faz um trabalho de inteligência e análise de risco para fiscalizar um mercado em crescimento. "Beber cerveja no Brasil só é seguro hoje por conta do nosso trabalho de fiscalização", declarou.